Nova linha de quadrinhos revoluciona os personagens clássicos da DC e supera expectativas com abordagens ousadas e visuais impactantes
O Universo Absolute da DC Comics estabelece uma nova era para os personagens icônicos com seis títulos lançados desde outubro de 2024 que redefinem Batman Mulher Maravilha Superman Flash Lanterna Verde e Caçador de Marte.
OS GRANDES ACERTOS E ERROS DA NOVA LINHA
Lançado oficialmente em outubro de 2024 após ser anunciado na San Diego Comic Con do ano anterior, o Universo Absolute da DC surgiu como uma resposta direta ao Universo Ultimate da Marvel, recentemente revitalizado. A estratégia da editora foi clara: lançar seus títulos em grupos de três para não sobrecarregar os leitores, começando com Batman, Mulher Maravilha e Superman, seguidos por Flash, Caçador de Marte e Lanterna Verde.
O grande destaque da linha, contrariando todas as expectativas, foi “Absolute Martian Manhunter”. Embora tenha sido o título menos vendido entre os seis lançamentos, a qualidade excepcional garantiu sua continuidade além dos seis números inicialmente planejados. A dupla criativa formada por Deniz Camp e Javier Rodriguez impressionou os leitores com uma reinvenção ousada do personagem e uma representação única de telepatia que aproveita ao máximo as possibilidades do meio das histórias em quadrinhos.
“Absolute Batman”, escrito pelo veterano Scott Snyder com arte de Nick Dragotta, foi o quadrinho mais vendido de 2024 e manteve o alto padrão criativo. Com páginas densas e uma estrutura narrativa meticulosamente planejada, o título introduz eficientemente cada personagem importante e trama, além de apresentar uma nova visão da origem do Cavaleiro das Trevas que explica suas tendências violentas.

SURPRESAS E DECEPÇÕES ENTRE OS NOVOS TÍTULOS
“Absolute Flash”, com roteiro de Jeff Lemire e arte de Nick Robles, surgiu como uma agradável surpresa na linha. O título apresenta uma abordagem inteligente e inovadora para os poderes do velocista Wally West, com composições visuais eletrizantes que capturam a essência da Força de Aceleração. A estrutura da história promete desenvolvimentos empolgantes para os próximos números.
“Absolute Wonder Woman”, com roteiro de Kelly Thompson e arte de Hayden Sherman, destaca-se principalmente pelo seu visual único. Sherman traz um estilo incomparável, diferente de qualquer coisa publicada atualmente pelas grandes editoras, com cada quadro transbordando personalidade. As cores de Jordie Bellaire elevam ainda mais o trabalho, dando às páginas uma qualidade mítica. No entanto, o roteiro ainda busca encontrar uma voz consistente para a Princesa Amazona.
“Absolute Superman”, com roteiro de Jason Aaron e Steve Orlando e arte dividida entre Pop Mhan e Rafa Sandoval, apresenta uma narrativa dividida entre o presente e flashbacks de Krypton. Curiosamente, os flashbacks que mostram a sociedade kryptoniana são mais envolventes que a história principal do Superman como defensor dos oprimidos em países do terceiro mundo. A arte, embora competente, segue um estilo padrão que não se destaca como nas outras publicações da linha.
Finalmente, “Absolute Green Lantern”, com roteiro de Al Ewing e arte de Jahnoy Lindsay, apresentou o lançamento mais fraco da linha. O roteiro sofre com um ritmo excessivamente lento, desperdiçando o formato de maior contagem de páginas. A premissa de horror cósmico não é bem servida pelo estilo de arte, que não consegue transmitir os elementos macabros necessários para a proposta da série.
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