Por Claudio Dirani
Variety só faltou endeusar a lacradora
Imagine só: queimadas sem fim, preços dos alimentos nas alturas, declarações desastrosas do “presidente” e outras tragédias que envolvem o Brasil – sem falar na censura. Como sair desse buraco? – você perguntaria. A resposta é simples: Pix e mais Pix e mais Pix na conta da mídia, para limpar a barra do governo.
A analogia acima serve para comparar o que a Disney certamente está fazendo para consertar o estrago que Rachel Zegler e os produtores de Branca de Neve fizeram com o próprio filme, que ainda está agendado para março de 2025 nos cinemas.
A mais recente veio da tradicional e poderosa Variety, que não mediu esforços para transformar Zegler num anjinho barroco, como se fosse “mais uma vítima dos fãs tóxicos”…
Para começar, a revista mostra seu cartão de visitas, anunciando que Rachel Zegler “uma protegida de Steven Spielberg” – iniciou sua carreira no remake de Amor, Sublime, Amor, e que agora está se preparando para se transformar em um “ícone” para as crianças de todo o mundo após a estreia de Branca de Neve.
Nesse ínterim, a reportagem prepara o terreno para as críticas que ela certamente irá receber após passar meses detonando o clássico da Disney. A começar, por defender a atriz de ataques – segundo a Variety – “racistas e sexistas”.
- E toda vez que ela fala sobre racismo e sexismo na indústria do entretenimento, ela é criticada como apenas mais uma “contratação DEI”, apoiando-se em sua identidade em vez de seu talento…
E complementa:
- Para eles, a herança colombiana da atriz a desqualificou de interpretar a princesa da fantasia musical da Disney de 1937, descrita como tendo “cabelos pretos como ébano e pele branca como a neve”.
Para contemporizar, a revista deixa Rachel Zegler tentar consertar as declarações que ela mesma fez contra Branca de Neve, citando que a família da lacradora era “fã da Branca de Neve” – citação, esta, que ela nunca havia dito em frente às câmeras.
“Ela era a princesa favorita da minha mãe.Quando ela estava crescendo, não havia muitas princesas de cabelos escuros, e essa era a única com quem ela conseguia se identificar”, afirmou Zegler, ao apresentar uma das mais esfarrapadas desculpas até o momento.
Ao “resgate” da Branca de Neve – e as desculpas mais furadas
O muro das lamentações da Variety prossegue na reportagem. Desta vez, como se Rachel Zegler pudesse fingir que esteve em outro planeta, enquanto os críticos deram justificativas certeiras para sua total falta de noção, ao detonar o espírito original da Branca de Neve. Para a revista, Zegler foi mais uma vítima, onde os fãs da personagem precisam levar a culpa.
Assim apontou a revista:
- Então Zegler não se incomoda em tentar entender por que é tão difícil para alguns desses “adultos Disney” obstinados imaginar uma latina no lugar de sua amada princesa. Afinal, ela está fazendo um filme infantil, e ela se lembra de passar sua própria infância obcecada pelo filme de TV de 1997 da ABC que estrelava Whitney Houston como a fada madrinha ao lado de Brandy, de 18 anos, como Cinderela…
Em seguida, Rachel Zegler corta a bola levantada:
“Eu cresci em uma casa onde era a Cinderela. Obviamente, nós assistíamos ao desenho animado. Mas a mente de uma criança é a coisa mais incrível, onde é como, ‘OK, essa é a Cinderela’”, ela diz. “Mas a Cinderela de cabelos loiros, olhos azuis e vestido azul do desenho animado dos anos 1950 também é”, pontuou a atriz, como se a preocupação maior sobre o clássico fosse fatores étnicos.
No entanto, quando você acha que o pior já passou, Rachel Zegler anuncia uma “alteração” na bio de Branca de Neve, obviamente preparada para que a atriz possa ser justificada como a “ideal” para vestir os trajes da personagem imortalizada na animação de Walt Disney.
Preste atenção na conversa bastante furada sobre a “nova” origem do nome:
“…Remontou a outra de ‘Branca de Neve’ que foi contada na história, onde ela sobreviveu a uma versão de tempestade de neve que ocorreu quando ela era um bebê. E então, o rei e a rainha decidiram chamá-la de Branca de Neve para lembrá-la de sua resiliência. Um dos pontos principais do nosso filme para qualquer jovem ou mulher é lembrar o quão forte você realmente é”, revelou Zegler, para desespero dos fãs – e da história em si, claro.
A confusão envolvendo mudanças, lacração e “mais do mesmo” da imprensa woke, chega ao ponto de chamar os críticos das declarações feitas pela atriz de “trolls”. Sim. Para a publicação, as devastadoras falas de Zegler sobre o clássico de 1937 não poderiam ter sido rebatidas de maneira severa.
Acompanhe:
- Da noite para o dia, os trolls online criticaram o “desdém” de Zegler pelo clássico animado, considerando-a indignada de interpretar a heroína original da Disney..
“Eu nunca iria querer encurralar alguém e dizer: ‘Se você quer amor, então não pode trabalhar.’ Ou ‘Se você quer trabalhar, então não pode ter uma família.’ Não é verdade. Nunca foi verdade. Pode ser muito perturbador quando as coisas são tiradas do contexto ou as piadas não funcionam”, completou Rachel Zegler, como se uma discussão sobre a sociedade fosse pertinente em um conto de fadas da Disney.
“Rachel Zegler quer ser Greta”
Greta Thunberg, você sabe, despontou como uma marionete dos globalistas em prol das atividades climáticas. A eterna adolescente sueca, contudo, parece ter deixado de lado o “Salve a Amazônia” para “defender a causa palestina” – a manobra esquerdista da vez.
Na mesma toada, Rachel Zegler decidiu abraçar o movimento, que nada mais é um facilitador para os terroristas do Hamas. A revista levanta a bola, e Zegler corta:
- No ano passado, Zegler também foi uma defensora dos palestinos e, como esperado, seus comentários foram colocados sob um microscópio. Apenas um dia após aparecer no D23 em agosto, onde Zegler preparou a primeira filmagem de “Branca de Neve” para uma multidão de fãs adoradores, ela postou uma nota de gratidão no X. Mas foi a última linha de sua postagem que chamou mais atenção:
“E lembre-se sempre, liberte a Palestina“.
“Não posso ver crianças morrerem. Não acho que isso deva ser uma opinião quente… “Estamos nos aproximando de um ano desde os ataques horrendos em Israel em 7 de outubro, mas eu tenho acompanhado esse conflito por tantos anos. Como tantas pessoas, estou com o coração partido pela perda de vidas que estamos vendo com esses números insanos de mortes vindos de ambas as regiões”, justificou.
E disse mais:
“Eu não acho que nenhuma celebridade fazendo uma declaração política tenha as respostas. Mas nós temos a plataforma para compartilhar um link de doação para garantir que essas pessoas recebam o dinheiro, o cuidado e a ajuda que elas precisam que as pessoas no poder não estão dando a elas”, ratificou a nova Greta.