Venom – A Última Rodada: o que procuramos e o que não achamos no 1º trailer

Venom

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A despedida de Venom das telas deverá seguir a linha dos longas anteriores. Isso é bom ou ruim?

Por Claudio Dirani

Por mais estranho e improvável que possa aparentar, nenhuma das aventuras protagonizadas por Venom até agora colocou o simbionte lado a lado com o amigo da vizinhança e um dos ícones da Marvel: o Espetacular Homem-Aranha.

Isto é, claro, se descartarmos a pálida passagem do alienígena pelo último capítulo da trilogia dirigida por Sam Raimi, Homem-Aranha (2007), quando o aracnídeo ainda era representado por Tobey Maguire e acabou destruindo o alter ego de Eddie Brock, interpretado por Topher Grace.

 

 

Anos depois, quando Venom ganhou sua própria franquia, era de se esperar que a Sony Pictures – detentora dos direitos do tedioso – fosse usar e abusar de sua presença. Ilusão passageira. Tanto em Venom (2018) como em Venom: Tempo de Carnificina (2021), o Homem-Aranha nem dá as caras – fato que se repetirá no último longa da saga: Venom – A Última Dança, programado para chegar às telas em outubro deste ano, com o excelente Tom Hardy novamente à frente da fera linguaruda.

 

O trailer: o que esperar da última rodada

 

Dirigido pela roteirista e produtora dos primeiros dois filmes, Venom: A Última Rodada encerrará a trajetória – por que não – bem sucedida comercialmente da trilogia. Goste ou não do que foi transportado para o cinema, Venom (US$ 856 milhões) e Tempo de Carnificina (US$ 507 milhões) deram o resultado financeiro esperado pelos estúdios.

Entretanto, o que foi entregue em termos de conteúdo e qualidade, principalmente no segundo longa, deixou os fãs do material original criado pelos geniais Tom De Falco e David Micheline – sem pegar pesado nas críticas – bastante deprimidos. 

Com a divulgação oficial do primeiro trailer, já adiantamos, pouca coisa mudou. Depois do melancólico encontro com o Carnificina – um vilão que tinha fantástico potencial, caso fosse enfrentado ao lado do Homem-Aranha, os quase três minutos apresentados nesta segunda-feira (3) pela Sony já mostram que Venom não se envolverá com o lore da Marvel. Sua principal missão será fugir do extermínio.

Dito isso, vimos que o simbionte que possuiu Eddie Brock tentará de tudo para que uma organização (aparentemente do governo) o destrua. As cenas escolhidas para apresentar A Última Rodada não entregam se, por exemplo, se o galês Rhys Ifans aparecerá como o Lagarto, ao menos em alguma cena de flashback. O nome do galês, entretanto, é creditado entre os possíveis nomes do elenco.

A certeza que o trailer nos dá é que o inglês Chiwetel Ejiofor – que já atuou na saga do Dr. Estranho como o mestre das artes místicas, Karl Mordo – assumirá um novo papel no universo Marvel como o provável antagonista de Venom.

Em suma, as primeiras cenas de Venom: A Última Rodada trazem um mix das típicas piadas vistas nos dois primeiros capítulos e pouca esperança para um final digno para o temível personagem.

O que os nerdolas sonhavam

 

Os nerdolas – não se engane caro leitor – têm sempre razão, e quem discorda é que está errado. O motivo dessa afirmação é que o sonho dos fãs de Venom nunca foi concretizado: nem na primeira trilogia do Homem-Aranha e muito menos nos três filmes protagonizados pelo sinistro alienígena.

|A explicação é muito simples. A história de Venom começa quando o Homem-Aranha retorna de outra dimensão, após participar ao lado de diversos super-heróis da saga Guerras Secretas, criada pelo inimitável Jim Shooter em 1984. Dividido em 12 volumes, o drama foi usado pela Marvel para proporcionar uma guinada no arco do Homem-Aranha. Isso aconteceria no retorno de Peter Parker à Terra. Ao notar que um organismo estranho não só havia transformado as cores do seu uniforme, como se apegado ao seu corpo.

Ao contrário do que foi brevemente mostrado em Homem-Aranha 3 e em Venom (2018), o simbionte não veio do espaço por outros meios, e ainda participaria de incontáveis aventuras até trocar por um novo hospedeiro: o invejoso jornalista Eddie Brock.

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