Kevin Costner na mira dos cheirosos: cresce a torcida contra o épico “Horizon”

Costner

Compartilhe:

1ª parte da saga custou a própria casa do astro e agora sofre com prognósticos pessimistas

Por Claudio Dirani

Nos anos 1990,  Kevin Costner atravessou o que os críticos adoram classificar como “fase dourada” em Hollywood. Duas produções em especial garantiram ao ator fama e muitos, muitos dólares. Ao lado de Whitney Houston, o astro conquistou o público com o romance policial O Guarda Costas (1992) e bilheteria global de US$ 411 milhões.

O desempenho incrível do longa foi, de forma indiscutível, a ratificação de sua excelente fase na indústria. Afinal, dois anos antes, Dança Com Lobos – mega produção que levou Costner pela primeira vez aos tempos da Guerra Civil norte-americana – havia faturado ainda mais: US$ 424 milhões em todo o mundo. 

Junto ao triunfo comercial gigante, Kevin Costner ainda seria agraciado com o Oscar de Melhor Diretor e mais 6 prêmios da Academia, incluindo o de Melhor Filme de 1990 para Dança com Lobos.

 

 

Para não dizer que a década foi impecável, não podemos ignorar Waterworld – O Segredo das Águas. Com orçamento de US$ 175 milhões, a aventura distópica lançada em 1995 só levou US$ 264 milhões. Resultado, este, que a crítica cheirosa tem torcido para que se repita em  Horizon: An American Saga – Chapter 1 – faroeste que custou mais de US$ 100 milhões, e cuja verba saiu do próprio bolso do ator, inusitadamente graças à hipoteca de sua mansão na região de Santa Barbara, na Califórnia.

 

“Prognóstico apocalíptico” para Costner

Patriota e fã incondicional dos western clássicos, Kevin Costner investiu tudo e um pouco mais na idealização de Horizon: An American Saga – Chapter 1. A premissa do épico é levar ao público norte-americano uma visão crua da Guerra Civil e de seus efeitos nos Estados Unidos. Tudo isso, condensado em um período de 15 anos, divididos em 4 longas com mais de 3 horas de duração.

A simples hipótese de resgate do patriotismo em um ano em que o eleitor escolherá o sucessor de Joe Biden foi o suficiente para que a crítica – em sua maioria, de esquerda – levasse o filme para o duelo entre Democratas e Republicanos.

Pior do que isso tem sido a torcida para o desastre financeiro do drama histórico. Sites como Screen Rant e Hollywood Reporter (além de muitos portais brasileiros cheirosos) replicaram os rumores pessimistas, apontando para uma arrecadação de apenas US$ 12 milhões no final de semana de estreia em 28 de junho.

Um novo Som da Liberdade à vista?

Em entrevista ao Deadline, Costner não fugiu das perguntas. Ao ser questionado sobre eventualmente perder sua bela casa californiana, o cineasta disse que priorizou ao legado que o filme pode gerar às próximas gerações de americanos.

“Meus filhos podem não receber os 10 acres (da propriedade hipotecada). Mas eles terão suas próprias casas e receberão meu legado e a riqueza de minha propriedade (…) Mas não vou deixar nada me impedir. Eles me disseram: Pai, você faz o que quiser. Não precisamos de todas essas coisas. Gostamos de todas essas coisas, mas não precisamos delas”, revelou.

O cenário de antipatia da mídia com “Horizon” não é uma prática nova nos bastidores de Hollywood. Quem não se lembra do calvário enfrentado pelo drama Som da Liberdade? 

 

 

Embora tenha vencido todos os obstáculos possíveis e impossíveis, desde sua rejeição pela Disney até o triunfo nas bilheterias (mais de US$ 249 milhões), a produção estrelada por Jim Caviezel não escapou dos bombardeios – principalmente, no espectro da cultura woke.

Se a torcida contra Kevin Costner está ligada diretamente a disputa entre Trump e Biden em novembro, o Som da Liberdade enfrentou acusações de todos os tipos – com direito à destruição da reputação de Tim Ballard – o agente federal que lutou pelas vítimas do tráfico infantil e serviu como base central da trama. 

Publicidade
Publicidade