Superman de James Gunn: mais novidades e contagem regressiva para o épico

Superman

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Mergulhe no passado, presente e futuro do Homem de Aço

Por Claudio Dirani

Dois meses já se passaram desde que uma série de vazamentos sobre Superman de James Gunn  quase derreteu os servidores de internet, como se o Homem de Aço usasse sua visão de calor ao máximo.

Apesar da escassez de novidades, informações trazidas por um respeitável insider de Hollywood voltou a animar os mais ansiosos.

Daniel Richtman – que mantém  um site por assinatura no Patreon com furos exclusivos sobre cinema – adiantou que o roteiro da produção será completamente diferente do reboot Homem de Aço, de 2013. E mais: segundo fontes que atuam nos bastidores da Warner Bros/DC Studios, toda a trama é  “simplesmente fantástica”, com uma pegada mais para o “cinema fantástico” e da ficção científica.

Outra novidade vazada por Richtman envolvendo os bastidores do longa estrelado por David Corenswet é a de que Superman será o carro-chefe de um “reboot total” para o DCU, dando a largada para uma série de filmes ambientados em linhas do tempo distintas. 

Ou seja: tudo o que vimos com a direção de Zack Snyder em Homem de Aço, Liga da Justiça e Batman x Superman não será mais considerado para o futuro da franquia.

 

“Superman otimista”: o que os players já falaram sobre o filme

As novas pistas dadas pelo insider corroboram diretamente o que o diretor/roteirista James Gunn e o protagonista, David Corenswet, já comentaram sobre a produção.

O próximo Superman tem que ser alguém que tenha toda a humanidade que o Superman tem, mas que também seja um alienígena. Tem que ser alguém que tenha a gentileza e a compaixão que o Superman tem e ser alguém que você queira abraçar”, declarou Gunn à revista Variety.

Já Corenswet expressou seu desejo de interpretar um Homem de Aço mais para Christopher Reeve do que Henry Cavill.

“Minha ambição utópica sempre foi interpretar o Superman. Eu adoraria ver alguém fazer uma versão otimista e retrô do Superman. Eu amo a versão sombria e corajosa de Henry Cavill, mas adoraria ver a próxima ser muito brilhante e otimista”, reiterou o autor.

Para o alto e avante: o Superman nas telas

Superman – O Filme (1978)

 

Dirigido pelo mestre Richard Donner, o longa de 1978 ainda é o clássico mais adorado pelos fãs do Homem de Aço. A estreia de Christopher Reeve como o herói arrecadou US$ 300 milhões – o equivalente a US$ 1.4 bi na época de seu lançamento.

Superman II (1980)

 

 

Dois anos mais tarde, a sequência do blockbuster trouxe novamente Christopher Reeve com o uniforme azul e vermelho. Mais sombrio que o original, Superman II coloca nosso herói frente a frente com Non (Jack O’Halloran), Zod (Terence Stamp) e Ursa (Sarah Douglas) – os criminosos de Krypton que escaparam da prisão da Zona Fantasma. Vale a pena conferir a versão estendida do longa, lançada em 2006 – drasticamente superior.

Superman III (1983)

A magra  bilheteria de apenas US$ 80 milhões (em comparação aos dois primeiros0 refletem a qualidade do terceiro filme estrelado por Christopher Reeve. Com Richard Donner dando lugar a Richard Lester (famoso por dirigir A Hard Day’s Night, dos Beatles),  Superman III virou uma comédia quase rasgada. 

Ainda mais com a entrada em cena do ótimo Richard Pryor (de Cegos, Surdos e Loucos) como o “vilão por acidente”, Gus Gorman, um gênio dos computadores.

Superman IV – Em Busca pela Paz (1987)

A “quadrilogia Reeve” chega ao fim fora do passo. Não há quase disputa entre fãs e críticos: “Em Busca pela Paz” é o pior dos quatro, mesmo com a direção de Sidney J. Furie, do cultuado Águia de Aço, lançado um ano antes.

Os US$ 30 milhões arrecadados (ao custo de US$ 17 milhões) refletem a qualidade da história, colocando o Homem de Aço contra o um vilão enraizado na Guerra Fria: o Homem Nuclear (Mark Pillow). 

Superman – O Retorno (2006)

Criticado, principalmente, por retratar um Clark Kent/Superman semelhante ao de Christopher Reeve, “O Retorno” (dirigido por Bryan Singer, de X-Men) consegue entreter – principalmente, graças ao Lex Luthor do excelente Kevin Spacey. O filme teve sucesso bom/moderado nas bilheterias: US$ 391 milhões (US$ 625 atuais).

O Homem de Aço (2013)

A “era Henry Cavill” inovou com um Clark Kent “inglês” e sem o mesmo tom de humor dado por Christopher Reeve ao personagem. Embora bastante longo (143 minutos), o reboot foi um tremendo sucesso, arrecadando mais de US$ 670 milhões (o equivalente a US$ 1.3 bi em 2024). Destaque para as cenas épicas e brutais entre nosso herói e o General Zod (Michael Shannon).

Batman x Superman: A Origem da Justiça (2016)

A segunda investida de Henry Cavill como Superman teve pela frente o Batman de Ben Affleck – que até hoje divide os fãs do Homem-Morcego. O roteiro de Chris Terrio e David S. Goyer é fortemente baseado na saga Batman/Superman: Cross World, publicada em agosto de 2013 nos EUA. Apesar das opiniões divergentes, o público respondeu muito bem: US$ 874 milhões.

Liga da Justiça (2017)

Sem contar a ponta em Adão Negro (2023), Henry Cavill se despediu do personagem na inédita união do supergrupo da DC, incluindo Batman, Mulher Maravilha, Cyborgue, Aquaman e (o trágico) The Flash, de Ezra Miller.  A superprodução enfrentou um problema inusitado: a troca de Zack Snyder por Joss Whedon (Os Vingadores) na direção.  A versão original é considerada inferior ao super corte de Zack Snyder, lançado em 2021, com mais de 242 minutos de duração.

Mais Superman no Cinema

Criado pela dupla Jerry Siegel e Joe Shuster em 1938, Superman é considerado o herói mais popular de todos os tempos, disputando a posição no decorrer dos anos com O Homem-Aranha e Batman.

Justamente por seu protagonismo, o Homem de Aço tem uma longa tradição nas telas, começando em 1948 com o seriado de 15 partes transformado em filme estrelado por Kirk Alyn. A fórmula foi repetida em 1950, com o duelo entre Superman e Homem-Átomo, novamente em 15 partes, dirigido por Spencer Gordon Bennet.

Já a terceira e última produção da “primeira era” do herói foi Superman vs Homem Toupeira, um curta de 56 minutos estrelado por George Reeves. Ao contrário de seu “alter ego” na tela, Reeves morreu jovem, com apenas 45 anos. O laudo policial – embora tenha indicado suicídio – permanece questionável até hoje, já que nenhum rastro de pólvora foi encontrado em suas mãos.

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