A nova vítima da arrogância e prepotência de Adi Shankar.
Review por Gui Santos
ATENÇÃO! Esta Review contém SPOILERS!
Quando uma nova série animada de Devil May Cry foi anunciada, este que vos escreve, fã que tem um carinho imenso pela franquia, empolgou.
Mas quando vi que o cabeça disso seria Adi Shankar, a empolgação se transformou em medo, muito medo.
Para quem não sabe, este Adi Shankar foi o responsável pelo começo da derrocada que fizeram com Castlevania na Netflix, e que só piorou após Castlevania: Noturno mesmo sem Shankar na produção.
O curioso é que Adi Shankar queria fazer uma série animada de Dino Crisis, porém a Capcom não cedeu.
Mas mesmo assim, a Capcom decidiu confiar em Shankar uma outra franquia, tão querida pelos fãs quanto Dino Crisis, que é Devil May Cry.
E depois do resultado, cada vez mais tenho a certeza que a Capcom deve parar de ceder suas franquias pra qualquer um que queira fazer uma adaptação.
Pois Devil May Cry é mais uma franquia da Capcom com uma péssima adaptação pra sua lista e mais uma prova do quanto Adi Shankar é um falso visionário.
Dante? Vergil? Lady? Nãããão!
É sério caros leitores, nenhum, NENHUM dos personagens centrais dessa joça se salva! Dante principalmente! Ele, um dos protagonistas mais carismáticos dos vídeo games, que aqui virou um “Deadpool da Shopee”.
Sua lore também foi mudada pra MUITO pior, onde até mesmo o “visionário” Adi Shankar decidiu impor que Dante não sabia que era filho de Sparda. Isso mesmo…
Há uma tentativa deste Dante ser carismático, divertido, zoeiro. Mas na verdade temos um Dante sem graça, burro e que é humilhado quase o tempo todo.
Humilhado principalmente por Lady, personagem da qual tem uma história profunda e rica na franquia. Aqui, foi totalmente modificda para algo muito genérico.
Ao contrário dos jogos, onde seu pai Arkham sacrificou sua própria esposa e mãe de Lady para tornar-se um demônio, na série da Netflix o pai de Lady é do bem e tem uma morte patética.
Sendo assim, a motivação de Lady virou algo sem sentido aqui. E como dito antes, ela humilha várias vezes e ainda rouba o protagonismo de Dante.
Sinceramente eu já esperava vindo de Adi Shankar, mas ainda me surpreendi da tamanha canalhice aí. Sem contar que ela trabalha para o governo dos EUA, com uma equipe vindo da vila do Seu Boneco.
E claro, Lady foi completamente embarangada aqui, naquela cisma da galera cheirosa e seu “barangaverso”. Lady aqui tá mais pra “Brutus” que Lady.
O vilão aqui é o Coelho Branco, vilão também do mangá prequéla de Devil May Cry 3. No mangá, ele arma uma armadilha para Dante e é ele que diz que Vergil está vivo.
O Coelho Branco tem uma ambição forte no mangá. Já aqui na série da Netflix, ele não apenas foi humanizado (como de praxe também), como virou um vilão pastelão demais.
O que fizeram com o Vergil…
Já Vergil… Meu Deus, o que fizeram com Vergil…
Vergil foi completamente estragado aqui, mesmo ele tendo pouco tempo de tela na série. Pra começar, ele aqui virou um capacho do Mundus… Sim…
Em Devil May Cry 3, após cair para o Makai/Inferno, Vergil enfrenta Mundus e é derrotado por ele, tornando-se Nelo Angelo, sob influência de Mundus.
Porém Adi Shankar decidiu transformar Vergil em um revolucionário em favor dos demônios – sobre os demônios, falarei mais à frente – e se tornou um pau mandado do Mundus.
E ainda por cima ele aparece na forma de Cavaliere Angelo do QUINTO JOGO da franquia, não Nelo Angelo. Isso é mais uma prova da bagunça que é essa série.
Pois Adi Shankar teve a “brilhante” ideia de misturar tudo quanto é coisa dos jogos. Vilões, chefes, elementos, tudo!
Nada se conecta com nada aqui, vários referências e aparições jogadas porque sim, combinada com uma trilha sonora composta por “rock modinha” dos Anos 2000.
E como disse antes, Vergil virou um revolucionário. Por que? Eu explicarei agora.
Panfletagem política nojenta!
Não apenas tivemos o “empoderamento” de Lady, personagem já VERDADEIRAMENTE empoderada, portanto não precisava desse falso empoderamento.
Como também Adi Shankar usou Devil May Cry para panfletagem política e para expressar sua tara em retratar cristãos e americanos como “malvadões”.
Sim, como em Castlevania, cristão é malvado, os EUA são malvados. Porque eles “oprimem” os demônios. Isso mesmo, os demônios aqui são VÍTIMAS!
Com o exécito dos EUA – não, não estou zoando – INVADINDO o Makai! Ao som de “American Idiot” da banda Green Day… Meu Deus…
Isso é um completo insulto se tratando de Devil May Cry. Mas né, o “visionário” Adi Shankar tinha que colocar seu espírito de “edgylord” satanista aqui.
Tanto que no X, em Outubro do ano passado, ele já deu pistas do que ele iria fazer com Devil May Cry, dando razão à Mundus.
“Eu sou Time Mundus. Mundus foi apenas um visionário incompreendido.”, disse Adi Shankar, fazendo até uma certa alusão à si mesmo aqui. “Ele queria apenas reunir a humanidade com seus ‘verdadeiros senhores’. Mundus é a real vítima aqui. Ele só tentou nos salvar de nós mesmos com um pouco de ‘amor duro’ cósmico.”
I'm on team Mundus. Mundus was just a misunderstood visionary.
He only wanted to reunite humanity with their true overlords.
Mundus was the real victim here—just trying to save us from ourselves with a little cosmic 'tough love.'
Honestly, the guy just wanted to streamline… pic.twitter.com/yNMBfJvVUw
— Adi Shankar (@adishankarbrand) October 16, 2024
Essa inserção de panfletagem barata para mim foi a maior ofensa feita nessa série à franquia. Isso retira todo o sentido e a essência de Devil May Cry que é… CAÇAR E MATAR DEMÔNIOS!
Essa série não dá pra chamar de Devil May Cry em NADA. É uma completa ofensa aos fãs e deveria ser uma ofensa e lição também para a Capcom, para que ela não ceda mais suas franquias à qualquer incompetente.
Aliás Capcom, isso que dá confiar em um arrogante, prepotente e um “edgylord” que ainda acha que é um “adolescente trevoso”.
Sim, estou falando de você, Adi Shankar.
Nota: 0/10
Sim, zero! NADA se salva aqui. NADA!
E confiram a Review do Mafinha!