A atriz britânica Helen Mirren, em uma tentativa de ganhar os holofotes, afirmou durante um evento em Toronto que o fortalecimento das mulheres poderia ser uma esperança para a paz no Oriente Médio. Esta observação segue a onda de celebridades que tentam se destacar ao usar o discurso do “identitarismo” e “lacradores” para conquistar pontos na mídia.
Atriz desconectada com a realidade dos conflitos
Ao ser questionada sobre o que a assusta no mundo atual, Mirren rapidamente fez referência ao conflito entre Israel e Hamas. Sua tentativa de comparar a capacidade humana de cometer violência atual com eventos como o Holocausto e linchamentos nos EUA é um sinal da perigosa superficialidade com que celebridades abordam questões complexas, em busca de validação progressista.
As armadilhas do progressismo hollywoodiano
Ao expressar esperança de ver mais mulheres em posições de poder, Mirren mostrou mais uma vez seu compromisso com um tipo de feminismo superficial, que ignora as nuances e as realidades sociopolíticas do Oriente Médio. Suas observações revelam uma compreensão limitada.
Polêmicas identitárias e a questão da apropriação
Ao falar sobre a polêmica de interpretar a líder israelense Golda Meir sem ser judia, Mirren tocou em outro ponto sensível do identitarismo em Hollywood. Enquanto alguns defendem que papéis devem ser representados por pessoas do mesmo grupo étnico ou religioso do personagem, outros argumentam que o talento e a habilidade do ator devem ser priorizados. O que é claro, no entanto, é a tentativa de Mirren de se proteger da “lacração” ao mencionar a origem do diretor.
O feminismo seletivo de Hollywood
A admiração de Mirren por Golda Meir é mais um exemplo do feminismo seletivo de Hollywood. Embora Meir seja, sem dúvida, uma figura histórica significativa, o foco singular na sua condição de mulher minimiza os complexos desafios políticos e militares que enfrentou. Esta visão redutiva é típica da abordagem de muitas celebridades ao feminismo, onde a narrativa frequentemente eclipsa a substância.
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