Captain Blood: Jogo perdido por 15 ANOS ressurge e será lançado!

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Enquanto grandes publishers gastam milhões em remakes desnecessários de jogos que já funcionam perfeitamente, uma pequena empresa decidiu resgatar um tesouro verdadeiramente perdido. O Captain Blood relançamento é oficialmente real e desembarca nas lojas digitais em 6 de maio de 2025, provando que nem toda iniciativa de preservação de jogos precisa vir acompanhada de monetização predatória.

Para quem acompanha o mundo dos jogos há mais tempo, Captain Blood é quase uma lenda urbana: um ambicioso “God of War com piratas” da desenvolvedora russa Akella que desapareceu quando sua publisher, a Playlogic, declarou falência em 2010. Porém, o jogo quase completo vazou misteriosamente em 2019, quando um desenvolvedor anônimo decidiu que a obra não merecia morrer nos arquivos corporativos.

Shiver me timbers! Captain Blood trazia um sistema de combate que faria Jack Sparrow parecer um marinheiro de primeira viagem. (Imagem: SNEG/Reprodução

Captain Blood: como um vazamento transformou-se em relançamento oficial

O Captain Blood relançamento é uma história fascinante de persistência. Após o vazamento gerar interesse renovado, a publisher independente SNEG adquiriu oficialmente os direitos em 2024. Além disso, a empresa já disponibilizou o jogo para pré-venda na Steam pelo valor justo de US$ 29 (aproximadamente R$ 165), sem aquela tradicional tática de preço regional absurdo que tanto amamos por aqui.

O mais impressionante? A SNEG não apenas comprou os direitos para lucrar com nostalgia, mas efetivamente reuniu veteranos da Akella original para formar o SeaWolf Studio, garantindo que o DNA do projeto se mantivesse intacto. Consequentemente, o jogo preserva o sistema de combate original descrito como “God of War pirata”, sem adicionar absolutamente nenhuma loot box ou microtransação – algo que certamente aconteceria se a IP tivesse caído nas mãos de uma publisher AAA qualquer.

O relançamento também modernizou texturas, áudio e controles, enquanto mantém a identidade visual e jogabilidade característica de 2008. Entretanto, agora teremos direito a ray tracing, 60 FPS, suporte a cross-save e até crossplay limitado. Até mesmo a dublagem original foi preservada, mantendo a autenticidade que fãs de jogos de nicho tanto valorizam.

Preservação digital que desafia a cultura do descarte

A história por trás do Captain Blood relançamento deveria envergonhar as grandes publishers que frequentemente deixam IPs morrerem por pura negligência. A SNEG, fundada em 2020 por Oleg Klapovskiy e Artem Shchuiko, tem como missão declarada resgatar jogos “órfãos” presos em limbo legal – algo que grandes estúdios como a Remedy com Alan Wake só conseguem fazer após uma década de negociações. Por fim, este caso mostra como comunidades engajadas, jornalistas persistentes e empreendedores determinados podem superar obstáculos burocráticos e ainda gerar valor comercial.

O mais interessante deste Captain Blood relançamento é que ele oferece uma abordagem de preservação digital comercialmente viável. Não se trata apenas de nostalgia forçada ou remasterização superficial, mas de efetivamente salvar uma obra que estaria permanentemente perdida. Consequentemente, se for bem-sucedido, poderá inspirar outras empresas a explorar catálogos abandonados em vez de apostar em remakes caros de jogos que já são perfeitamente jogáveis.

Por fim, enquanto grandes publishers nos bombardeiam com DLCs, season passes e edições deluxe de jogos que mal funcionam no lançamento, é refrescante ver o Captain Blood relançamento apostando no básico: um jogo completo, sem conteúdo cortado, por um preço justo e com melhorias técnicas genuínas. Talvez essa abordagem “antiquada” seja exatamente o que a indústria precisa redescobrir.

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