Netflix desafia Skynet e reprograma Exterminador do Futuro Zero para agosto

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Confira ainda o guia completo da franquia

Por Claudio Dirani

 

Após a recente escalada do mangás –  que têm basicamente atropelado as HQs no decadente mercado editorial  – os animes têm seguido a mesma rota. Além de preencher as lacunas deixadas pela indústria woke do ocidente, o segmento vem atraindo produtores interessados em unir o sucesso dos grandes blockbusters à técnica das atemporais animações japonesas.    

O casamento perfeito entre essas distintas tradições, aliás, será visto em breve em duas franquias de enorme sucesso global:  O Senhor dos Anéis – A Guerra dos Rohirrim, com estreia marcada para dezembro, e O Exterminador do Futuro Zero  – a “versão nipônica” da saga pós-apocalíptica de James Cameron estrelada por Arnold Schwarzenegger que chega em breve à Netflix. 

“Exterminando” na Netflix

A maior diferença entre o anime que irá explorar o lore idealizado por J.R.R Tolkien e O Exterminador do Futuro Zero está no formato. Enquanto o longa que retornará à Terra Média seguirá para as salas de cinema, o androide programado para detonar o futuro entrará na grade da Netflix a partir de 29 de agosto, inicialmente, em uma temporada composta por 8 episódios.

 

 

Pelo teaser trailer divulgado pela plataforma de streaming, O Exterminador do Futuro Zero mescla o melhor dos primeiros longa-metragens: O Exterminador do Futuro (1984) e O Exterminador do Futuro – O Julgamento Final (1991). 

Conforme a premissa da série da Netflix, a aventura é ambientada no Japão de 1997, e segue um roteiro básico: o cientista Malcolm Lee (voz de André Holland, de Moonlight) está ocupado em desenvolver um sistema de Inteligência Artificial para superar os produtos da rival Skynet, responsável pela criação dos Exterminadores originais. 

Quando o plano é descoberto pelo laboratório, Lee e seus três filhos entram na mira do Exterminador (voz de Timothy Olyphant, da série Deadwood), enquanto a soldado Eiko (voz de Sonoya Mizuno, de A Casa do Dragão) chega do ano de 2022 para evitar o desastre antes do Juízo Final. 

Cronologia de o Exterminador do Futuro

 

O Exterminador do Futuro (1984)

Muito antes de retornar à Netflix, o “Terminator Universe” surgiu como um projeto despretensioso e de baixo orçamento (apenas US$ 6 milhões), que logo virou um dos hits da cultura pop em 1984 na esteira de Karatê Kid, Um Tira da Pesada e Os Caça-Fantasmas.

Estrelado por Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton (Sarah Connor), o longa nos apresentou ao androide assassino que volta ao passado para eliminar Sarah sob comando do sistema de I.A. Skynet. Ao mesmo tempo, Kyle Reese (Michael Biehn) chega do ano de 2029 para evitar o assassinato. A trama atraiu bastante gente aos cinemas, rendendo US$ 78.3 milhões nas bilheterias.

 

 Exterminador do Futuro: O Julgamento Final (1991)

James Cameron demorou sete anos para entregar a sequência: O Exterminador do Futuro: O Julgamento Final (1991). Linda Hamilton retorna como Sarah Connor, determinada a salvar o filho John (Edward Furlong) das garras de outro ser cibernético mortal: o T-1000 (Robert Patrick). Já o personagem de Schwarzenegger sofre uma reviravolta e não é mais o vilão da saga. 

A hype pelo filme foi turbinada pelo single “You Could Be Mine”, do Guns N’ Roses, que impulsionou a bilheteria além dos US$ 520 milhões.

 

O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas (2003)

Se Arnold Schwarzenegger aprendeu a falar hasta la vista, baby em “Julgamento Final”, o exterminador ressurgiu no longa de Jonathan Mostow ainda mais bonzinho. O cenário montado para reanimar a franquia 12 anos mais tarde colocou Kate Brewster (Claire Danes) como a filha de um militar encarregado de comandar o que restou da Cyberdyne Systems (desenvolvedora do Skynet), supostamente destruída no longa anterior.

Logo, Kate entrará na mira da andróide-assassina T-X (Kristanna Loken), armada pela Skynet para eliminar o sobrevivente John Connor (agora, interpretado por Nick Stahl) após o filho de Sarah entrar em sua vida. O velho Exterminador de Arnie ajudará o casal a escapar. Bilheteria: US$ 433 milhões (o filme custou salgados US$ 187 milhões).

 

O Exterminador do Futuro: A Salvação (2009)

O primeiro capítulo da franquia sem a presença física de Arnold Schwarzenegger reuniu um elenco de respeito e um roteiro ainda mais enxuto em comparação à Rebelião das Máquinas: além de um novo John Connor, conduzido pelo “Batman” Christian Bale, a trama ganhou peso com as participações do astro de Avatar, Sam Worthington, e das ótimas coadjuvantes Helena Bonham-Carter (Harry Potter) e Bryce Dallas-Howard (Homem-Aranha, Jurassic World).

“Salvação” é uma continuação do filme anterior, mas seu roteiro diverge ligeiramente da premissa original da saga.  John Connor (Bale) aparece no ano de 2018 como principal líder da resistência contra o sistema de inteligência artificial Skynet, enquanto o personagem de Worthington é um ciborgue que acaba emprestando suas habilidades para a causa. Nesse ínterim, Connor descobre a intenção da Skynet em produzir exterminadores de humanos (entre eles, o que virá a ser o icônico personagem de Arnold Schwarzenegger).

Embora tenha agradado mais que o terceiro, o filme fez bilheteria menor (US$ 371,4 milhões) e teve mais gastos (US$ 200 milhões).

 

O Exterminador do Futuro – Gênesis (2015)

 

Mais de 30 anos após a estreia da franquia, temos uma pausa na continuidade da saga com um reboot dirigido por Alan Taylor (de Os Sopranos). 

O enredo acompanha basicamente a produção original de 1984 de James Cameron, com elenco renovado e o retorno de Schwarzenegger, repetindo seu papel clássico.

A história, como os fãs conhecem, se passa em  2029, quando o então líder da resistência, John Connor (Jason Clarke, de O Planeta dos Macacos – O Confronto) lidera um ataque contra o sistema de inteligência anti-humano Skynet.  Para impedir sua vitória, 

Em 2029, o líder da Resistência Humana, John Connor, lança uma ofensiva final contra a Skynet, um sistema de inteligência artificial geral que busca eliminar a raça humana. Antes que a Resistência possa triunfar, a Skynet ativa uma máquina do tempo e envia um T-800 (Schwarzenegger) de volta a 1984, para exterminar a mãe de John, Sarah (Emilia Clarke, de Game of Thrones).

Apesar das críticas negativas de ter maculado o original, o público recebeu bem, com US$ 440 milhões nas bilheterias (a um custo de US$ 155 milhões).

 

O Exterminador do Futuro – Destino Sombrio (2019)

David S. Goyer (da trilogia Batman, de Christopher Nolan) foi convocado para promover um novo reboot na franquia. Desta vez, a missão do roteirista seria reprogramar os acontecimentos após O Julgamento Final (1992), ignorando as demais sequências. Para isso, o diretor Tim Miller conseguiu reunir após quase 30 anos Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger para reprisarem seus personagens clássicos. 

A trama “reiventada” no sexto longa do Terminator Universe se passa em 2020, quando Sarah (Linda) se vê sozinha em exílio, após a morte do filho John, assassinado por uma versão do T-800 (Arnold Schwarzenegger). Em meio ao luto, agora será a vez da protagonista impedir que um exterminador ainda mais avançado – o Rev-9 – elimine a jovem mexicana Dani Ramos (Natalia Reyes). Assim como no roteiro original, Sarah Connor acredita que o futuro de Ramos seja liderar uma nova resistência contra a Skynet.

Mesmo com o apelo nostálgico, o filme acabou sendo o pior de toda a franquia, tanto criativamente como financeiramente, registrando box office mundial de US$ 261 milhões que mal cobriram os gastos de US$ 196 milhões da produção.

Dito isso, agora é só dizer mais uma vez “hasta la vista baby”, e esperar pela redenção da franquia na série da Netflix!

 

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