O diretor Kenya Barris confirma as grandes mudanças para a nova versão do clássico
O remake de “O Mágico de Oz” acaba de receber uma grande atualização por parte de seu diretor, Kenya Barris, que confirmou o cenário e vários detalhes do enredo para o novo filme.
Ao invés de se passar no Kansas, como o original lançado em 1939, o remake será ambientado em Inglewood, Califórnia. Barris explicou sua decisão à Variety esta semana: “O Mágico de Oz original se passava durante a Grande Depressão e falava sobre autoconfiança e o que as pessoas estavam passando. Acho que este é o momento perfeito para mudar os personagens e falar sobre o que alguém imagina que sua vida poderia ser”.
Ele continua: “No final, é a jornada de um herói, alguém que acha que algo é melhor do que o lugar de onde vem, e percebe que onde está é onde deveria estar. Quero que as pessoas tenham orgulho e felicidade de onde vêm. Mas quero que o mundo dê uma olhada nisso e espero que isso transpareça”.
Com o cenário de Inglewood tendo altos níveis de violência e atividades de gangues, a abordagem de Barris sugere uma protagonista tentando escapar de uma vida que parece pré-destinada dado o ambiente em que vive, bastante distinto do original.
crítica à cultura woke
Essa decisão de alterar drasticamente o cenário parece ser mais uma tentativa de agradar aos críticos woke, preocupados em trazer representatividade a qualquer custo, do que fazer uma releitura interessante e coerente com a narrativa original.
“O Mágico de Oz” é um dos filmes mais importantes do século passado, com seu legado perdurando até hoje. O longa-metragem faz parte de diversas listas, como os 10 melhores filmes de Hollywood de 1939 – considerado a era de ouro do cinema – e os 10 maiores musicais da era de ouro, ranqueados.
Portanto, não surpreende que tenha havido várias tentativas de recapturar sua magia desde o lançamento original, incluindo um possível sequel de “O Mágico de Oz” atualmente parado na Development Hell (termo usado para projetos encalhados na fase de desenvolvimento).
O clássico conta a jornada de Dorothy Gale, uma jovem que vive em uma fazenda no Kansas com os tios e o cachorro Totó. Após ser levada por um tornado para o mundo mágico de Oz, Dorothy parte em uma jornada no caminho de tijolos amarelos para encontrar o mágico e um modo de retornar para casa.
No caminho, faz amizades que perduram para sempre, como o Espantalho sem cérebro, o Homem de Lata sem coração e o Leão Covarde. Juntos, encaram a malvada Bruxa do Oeste para que Dorothy possa voltar ao Kansas.
Uma história intemporal sobre a importância da amizade, coragem e o significado do lar, “O Mágico de Oz” é um clássico imprescindível que continua encantando novas gerações décadas após seu lançamento original.
O que esperar do remake?
O remake com mudanças no cenário e enredo é uma oportunidade de trazer a história clássica para os tempos atuais, possivelmente abordando temas como representatividade LGBTQIA+ de forma mais evidente, como já antecipou o diretor Barris.
Os fãs do Mágico de Oz original podem continuar assistindo ao filme nos streamings Apple TV+ e Amazon Prime Video, que o descreve como: “O Mágico de Oz, agora completamente remasterizado em 3D, acompanha Dorothy e seu cachorro Totó, que são pegos no caminho de um tornado e de alguma forma acabam na terra de Oz”.
Resta aguardar para conferir como essas adaptações radicais para o remake serão recebidas pelo público e crítica. Mudar aspectos centrais da narrativa pode agradar alguns, mas afastar verdadeiros fãs do clássico original. Talvez um meio termo seja o mais recomendado.
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