O ATERRORIZANTE PORCO GIGANTE AUSTRALIANO QUE COLOCOU O DIRETOR DE HIGHLANDER NO MAPA DE HOLLYWOOD

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Quando falamos de kaiju, nosso imaginário imediatamente evoca Godzilla, King Kong ou Gamera. No entanto, o termo japonês possui uma definição mais ampla e rica do que geralmente se reconhece. Literalmente traduzido como “besta estranha”, kaiju não se limita apenas a criaturas gigantescas que destroem cidades – estes seriam tecnicamente classificados como daikaiju.

A verdade é que praticamente qualquer criatura aterrorizante e anormalmente grande pode ser considerada um kaiju, sem necessariamente atingir a altura de arranha-céus. O tubarão de Spielberg em “Tubarão” (1975) representa perfeitamente o limite inferior da classificação kaiju – uma criatura real, mas de proporções excepcionais que aterroriza e destrói. Esta interpretação mais abrangente abriu caminho para inúmeras variações e imitações, desde tubarões e polvos gigantes até cardumes de piranhas assassinas.

Razorback: O Kaiju Australiano que Revolucionou o Gênero

Enquanto “Grizzly” (1976) e “O Búfalo Branco” (1977) tentaram transportar a fórmula de “Tubarão” para a terra firme, foi o australiano “Razorback” (1984) que verdadeiramente elevou o conceito a novos patamares. Surgindo na onda do movimento Ozploitation, que já havia projetado nomes como Peter Weir e George Miller internacionalmente, o filme apresentou ao mundo um porco selvagem monstruoso que aterrorizava o Outback australiano.

Dirigido por Russell Mulcahy – que mais tarde se consagraria com “Highlander” – o filme marcou sua transição da direção de videoclipes musicais para o cinema. Contrariando a crença popular, foi este porco gigante, e não os imortais duelando, que colocou Mulcahy no mapa de Hollywood. Adaptado de um livro do escritor americano Peter Brennan, “Razorback” conta a história de um homem (Gregory Harrison) que busca a esposa jornalista (Judy Morris) desaparecida no Outback australiano, apenas para descobrir que ela foi vítima de um porco selvagem monstruoso.

Assim como “Tubarão”, o filme estabelece seu tom aterrorizante logo na abertura, quando o caçador Jake Cullen (Bill Kerr) tem sua casa destruída pela criatura, que acidentalmente arrasta seu neto para a escuridão, nunca mais a ser visto. Com sua estética visual distinta e abordagem inovadora, “Razorback” provou que o conceito de kaiju poderia ser aplicado com sucesso mesmo aos animais mais improváveis do reino animal.

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