Em um dos maiores fracassos de desenvolvimento da história recente do streaming, a Amazon acaba de oficialmente cancelar sua ambiciosa série de Tomb Raider, encerrando um capítulo desastroso que custou ao gigante do entretenimento mais de US$100 milhões sem produzir um único episódio sequer. O projeto de alto perfil, que seria liderado pela premiada criadora Phoebe Waller-Bridge e estrelado por Sophie Turner como Lara Croft, foi silenciosamente abandonado após anos de desenvolvimento infrutífero e gastos astronômicos.
Um Monumento ao Desperdício: Como a Amazon Queimou US$100 Milhões em Um Sonho que Nunca Se Realizou
Segundo relatórios do Mail Online, a adaptação de Tomb Raider, originalmente anunciada como uma produção “épica” que acompanharia as aventuras globais da icônica arqueóloga, foi oficialmente cancelada devido a uma combinação fatal de desenvolvimento extremamente lento dos roteiros e conflitos de agenda com Sophie Turner. A atriz, conhecida por Game of Thrones, estava em negociações finais para interpretar Lara Croft, mas seus outros compromissos profissionais tornaram-se incompatíveis com o cronograma constantemente adiado do projeto.
O mais chocante é que este cancelamento representa apenas a ponta do iceberg de um relacionamento financeiramente desastroso entre a Amazon e Waller-Bridge. Em 2019, a criadora de “Fleabag” assinou um contrato astronômico de US$20 milhões anuais com o estúdio, totalizando US$100 milhões ao longo de cinco anos. O resultado desse investimento colossal? Absolutamente nada – nenhum show, nenhum filme, nenhum conteúdo original que justificasse o investimento estratosférico.
Após a expiração do contrato original em 2022, a então chefe da Amazon Studios, Jennifer Salke – uma das principais defensoras de Waller-Bridge – surpreendentemente renovou o acordo. No entanto, antes de sua saída da empresa em 2025, o contrato foi discretamente convertido em um acordo de “primeira olhada” não exclusivo por “muito menos” dinheiro, um reconhecimento tácito do fracasso da parceria original.
Tomb Raider se Junta ao Cemitério de Projetos Ambiciosos Fracassados da Amazon
O cancelamento de Tomb Raider é apenas o mais recente em uma série de projetos de alto orçamento da Amazon que não conseguiram corresponder às expectativas. Assim como “Citadel” e aspectos de “The Rings of Power”, a adaptação da famosa franquia de videogames representava uma tentativa da empresa de criar uma propriedade intelectual de grande apelo global que pudesse competir com os maiores sucessos do streaming.
A ironia é que Waller-Bridge parecia genuinamente entusiasmada com o projeto. “Tomb Raider tem sido uma grande parte da minha vida… Eu me sinto incrivelmente privilegiada em trazê-lo para a televisão… Eu não posso esperar para ir nessa aventura”, declarou ela quando o projeto foi anunciado. Infelizmente para os fãs da franquia, essa aventura acabou antes mesmo de começar.
O cancelamento deixou muitos admiradores de Tomb Raider profundamente desapontados, especialmente aqueles que estavam ansiosos para ver a interpretação de Sophie Turner como a destemida Lara Croft. A atriz, que ganhou reconhecimento mundial como Sansa Stark em “Game of Thrones”, parecia uma escolha natural para dar vida à heroína dos videogames, mas agora essa possibilidade foi definitivamente encerrada.
Para a Amazon, o episódio representa um doloroso lembrete dos riscos inerentes aos mega-acordos com talentos criativos e às adaptações de propriedades intelectuais estabelecidas. Depois de mais de US$100 milhões investidos em seis anos, o legado do relacionamento com Waller-Bridge continua sendo um estudo de caso sobre como mesmo os maiores orçamentos não garantem resultados tangíveis no imprevisível mundo do entretenimento.